Brasil

Crime organizado impacta circulação de ônibus na região do Complexo de Israel

Empresa de transporte precisou mudar sede de bairro

Por Duda Monteiro de Barros SEGUIR SEGUINDO 25 jun 2025, 17h47

Operação da PM no Complexo de Israel, no Rio, teve de usar uma retroescavadeira para remover barricadas — Polícia remove barricadas no Complexo de Israel: território é cercado por barreiras complexas (Divulgação/PMERJ/.)

A empresa Viação VG transferiu sua frota de Vigário Geral para a Penha, ambos na zona norte, após meses de extorsão e violência por traficantes do Complexo de Israel. Funcionários relatam que criminosos exigiam pagamento para liberar a circulação de ônibus, obrigavam transporte gratuito de passageiros e invadiam a garagem. A situação chegou ao extremo com barricadas que precisavam ser desmontadas diariamente para a saída dos coletivos. A Polícia Civil investiga o caso, enquanto o consórcio de transportes tenta normalizar a operação.

Crime organizado paralisa transporte público

A região é controlada por Álvaro “Peixão”, um dos criminosos mais procurados do Rio, que impõe toque de recolher, instala câmeras e ordena ataques à Avenida Brasil durante operações policiais. Seu grupo já sequestrou quatro ônibus este ano para usar como barricadas, enquanto 66 linhas tiveram que ser desviadas em seis dias diferentes devido a confrontos. As barricadas incluem até fossos cavados nas ruas, impedindo completamente a passagem de veículos.